No âmbito das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional, o Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM), Delegação da Zambézia, em Coordenação com a Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Licungo, realizaram no passado dia 12 de Junho, uma palestra subordinada ao tema “Importância do Subsector de Amêndoas em Moçambique: Desafios e Oportunidades”.

O evento teve lugar no Auditório do Campus de Coalane e contou com a presença do Eng.º Sifa Bernardo António, Delegado Provincial do IAM na Zambézia, e o Eng.º Jojó Armando Laina, Chefe do Departamento de Desenvolvimento da Produção de Amêndoas, ambos na qualidade de oradores. Participaram ainda técnicos do sector, docentes, estudantes e colaboradores da Faculdade de Ciências Agrárias.

Na sessão de abertura, o Dr. Sérgio Ernesto Alexandre, em representação da Directora da Faculdade de Ciências Agrárias, destacou a relevância da iniciativa, salientando a pertinência do tema no actual contexto académico e socioeconómico. Enalteceu o facto da palestra decorrer numa instituição de ensino superior, onde se formam os futuros quadros do país, e apelou à participação activa dos estudantes, incentivando-os a colocar questões pertinentes e demonstrar curiosidade sobre a fileira do cajú, como potencial gerador de autoemprego.

Durante as intervenções, os oradores agradeceram a oportunidade de dialogar com a comunidade académica da UniLicungo e destacaram o papel da Faculdade na promoção e disseminação do conhecimento científico ligado ao subsector de amêndoas. Ao longo da palestra, foi realçada a importância histórica e económica do cajú no desenvolvimento de Moçambique ao longo dos últimos 50 anos. Foram apresentadas experiências e resultados alcançados nas áreas de investigação, produção e plantio de mudas de cajueiro, controlo integrado de pragas e doenças, bem como os impactos registados nas fases de produção, comercialização e industrialização da castanha de cajú.

A sessão incluiu uma fase de perguntas e respostas, bastante participada, que contribuiu para um debate profícuo e enriquecedor, permitindo uma aprendizagem mútua e uma maior consciencialização dos participantes sobre todo o ciclo produtivo do cajú, desde a sementeira até à sua transformação em produto final.

A importância da cultura do cajú foi reiterada como um património que deve ser protegido e promovido pelo Estado Moçambicano, tendo sido traçadas estratégias para a sua expansão territorial, regional e continental. Foram ainda abordados temas técnicos como a enxertia, produção de propágulos, aplicação de pesticidas, desenvolvimento de sementes policlonais, processamento da castanha e produção de derivados, como chips à base da pera de castanha.

Na intervenção de encerramento, o Dr. Sérgio Ernesto Alexandre reafirmou a abertura da Faculdade para acolher eventos do género e manifestou a disponibilidade da instituição em colaborar activamente com o IAM na massificação da produção de mudas de cajueiros, como forma de garantir a continuidade do património tecnológico desenvolvido ao longo dos anos e gerar receitas para a universidade.

Como uma das propostas concretas, sugeriu-se o estabelecimento de um Memorando de Entendimento entre a Reitoria da UniLicungo e a Direcção Geral do Instituto de Amêndoas de Moçambique, visando a criação de cursos de curta duração sobre o maneio, processamento e comercialização do cajueiro e da macadâmia.

A iniciativa foi amplamente aplaudida pelos presentes, tendo-se destacado como um passo importante para a consolidação das parcerias entre o meio académico e o sector produtivo, em prol do desenvolvimento sustentável de Moçambique.

Idelio Muanaria- GCCI

3a2cfb7c-0642-4f69-bd62-000ebdc309ab
5a1c2472-7b0b-42ed-98d6-251d77f680ed
8e253d3a-ff31-4b7b-b94a-e41b593b7a44
24374245-d32c-440a-a59f-a5e7fd9dd5d3
e4fa72e2-faac-4577-9ea6-1a996cd8fb3a
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow
Shadow

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *